Para quem tem esclerose múltipla (EM) ou conhece alguém que sofre com a doença, seria maravilhoso que existisse uma cura real para ela, não é?
Pois falta muito pouco para isso acontecer.
A cientista britânica Su Metcalfe, fundadora e diretora científica da empresa de biotecnologia LIFNano, já descobriu um pequeno interruptor binário que regula as células do sistema imunológico e, agora, ele está trabalhando com uma partícula de células-tronco chamada LIF.
A LIF tem o potencial de controlar a célula e garantir que ela não ataque tecidos corporais saudáveis (enquanto ainda nos protege e libera um ataque quando necessário).
As partículas de células-tronco LIF são, em síntese, uma forma de medicina regenerativa, desempenhando um papel na reparação de tecidos, mantendo o cérebro e a medula espinhal saudáveis.
A esclerose múltipla afeta atualmente cerca de 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo.
No Brasil, cerca 40 mil pessoas têm a doença.
Para quem não conhece, a EM é uma condição autoimune que afeta o cérebro, nervos ópticos e a medula espinhal (sistema nervoso central).
Isso acontece porque o sistema imunológico do corpo confunde células saudáveis com "intrusas", e as ataca provocando lesões.
Isso pode resultar em fraqueza muscular, fadiga, problemas de coordenação e dor crônica.
Na esclerose múltipla, as lesões nos nervos causam distúrbios na comunicação entre o cérebro e o corpo.
Como, ainda, não existe cura para a doença, o método de ação para pessoas com esclerose múltipla é suprimir o sistema imunológico com produtos farmacêuticos.
Como o cérebro não pode ser reparado, como outros órgãos vitais, e o alto preço dos remédios também vem com uma lista de efeitos colaterais.
A doutora Su está trabalhando para encontrar uma solução.
A abordagem de Su é o que ela chama de “golpe duplo”.
A doutora está encontrando uma maneira de reverter a autoimunidade e também reparar os danos causados no cérebro.
O problema é que depois de muitas pesquisas, doutora Su descobriu que o LIF só poderia sobreviver por 20 minutos antes de ser quebrado pelo corpo, o que significa que não haveria tempo suficiente para as ações terapêuticas serem implementadas.
É aqui que entra a tecnologia das nanopartículas.
Uma combinação de LIF e nanopartículas é compatível com o corpo, e elas se dissolvem lentamente como pontos solúveis.
As nanopartículas se tornam o dispositivo de entrega que administra o LIF durante um período de cinco dias.
CURA PELA NATUREZA - LEIA AQUI AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS
Segundo Su, “a nanopartícula em si é um ambiente protetor, e as enzimas que a decompõem não podem acessá-la. Você também pode decorar a superfície das partículas com anticorpos, por isso, torna-se um dispositivo que pode ser direcionado para partes específicas do cérebro. Então você recebe a dose certa, no lugar certo e na hora certa.”
As próprias partículas foram desenvolvidas na Universidade de Yale, mas a LIFNano tem a licença mundial para implantá-las.
Essa pode ser a cura definitiva para a esclerose múltipla.
“Não estamos usando nenhuma droga, estamos simplesmente ligando os próprios sistemas do corpo de autotolerância e reparo. Não há efeitos colaterais, porque tudo o que estamos fazendo é regular a balança ou equilibrar a imunidade do corpo", explica a doutora Su Metcalfe.
"A autoimunidade acontece quando a balança está um pouco errada e nós simplesmente redefinimos isso. Depois se torna autossustentável e não é preciso continuar fazendo terapia, porque o corpo tem seu equilíbrio de volta.”
Fonte: ScienceDirect
Este blog de notícias sobre tratamentos naturais não substitui um especialista. Consulte sempre seu médico.
Queremos receber sua opinião
Se você tem uma crítica, sugestão ou quer nos indicar uma receita/tratamento caseiro, entre em contato conosco
Este blog tem a finalidade de ajudar, mas não substitui o trabalho de um especialista. Consulte sempre seu médico.